quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Paraty.


Falando em ondas de azar, nada como compartilhar um pouco das que meu amigo Gil vivenciou na viagem à Paraty, Indo para lá, paramos em uma lachonete para comermos algo. Gil que ja vinha falando desde São Paulo até a parada que ia comprar um salame, claro que acabou comprando. Chegamos na cidade e fizemos as seleções das camas; apartir daí ele começou a ter azar, ficou com a pior cama
que era basicamente uma pena em cima de uma pedra, sem brincadera, era literalmente isso! Gil ja começou a ficar bravo, mais nao bastava só isso, foi o ultimo a tomar banho naquele dia. Ser o ultimo a tomar banho significa que você tem que ser um dos ultimos a comer, esperar todos tomarem
banho, ou seja, nao é uma coisa boa. Na noite que Gil durmiu na pedra, ja começou a sentir dores nas costas. Mais a tarde foi checar seu salame no freegobar e claro que alguma coisa tinha que ter acontecido, o salame tava mofado, depois naquele mesmo dia, Gil revoltado, teve que dormir naquela pedra de novo. Gil acordou com mais dores nas costas e com humor de quem ia morder alguém, e na volta, dentro do onibus, indo para São Paulo, do nada fala:
-Putz! Esqueci o meu salame no freegobar! Foi motivo de risada para todos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012





Cronica olhar para fora:

Passando por uma rua, uma rua qualquer na qual haviam muitas grades longas, fiquei olhando e reparei que haviam plantas, acho que trepadeiras... Estavam enroladas no metal das grades. Imaginei vivendo como elas, e fiquei confuso, como seria? Será que como que procurando um parente distante que eu nunca havia visto?
imaginei a exaustão de estar apenas subindo, procurando alguém que talvez não tivesse a menor importância para mim, apenas um parente sem nenhuma conexão com os meus pensamentos. Me senti cada vez mais confuso de estar fazendo aquilo, sem saber porque ou se realmente valeria a pena. Já cresciam frutos de mim de tanto tempo que se passava... apenas esperando o reencontro, porém os meus frutos guiavam-me para o destino, até que um deles caiu amadurecido... O que fazer agora?  Sem ele é como se o caminho não pudesse prosseguir. Então parei e pensei: Meu destino será alterado pela falta desse fruto ou será o mesmo?
Enquanto pensava, percebi que não estava mais subindo; estava caindo, sem rumo, sem chances de retomar o meu caminho. Até que cheguei a um ponto que não sabia mais aonde eu estava, olhei para toda a minha volta, reparei que mais um fruto havia caído, mais dessa vez porque estava fraco, sem forças de segurar a mim. Eu descia cada vez mais, cada vez mais rápido, perdendo cada vez mais frutos. Não tinha mais nada, nem frutos, nem forças, caindo mais depressa.
Já sabia que nao dava mais para continuar, o meu fim estava próximo. Já conseguia ver meus frutos no chão, não entendia o pedido deles, mais nao queria que eles vissem aquela cena, minha morte.
Morte já nao era mais meu medo... Medo era só uma palavra nada além disso. Meu corpo chegou ao chão, já sem vida.
Agora eu era apenas uma planta morando junto com meus frutos.